
ETNOMATH
O ETNOmath é um portal virtual desenvolvido como Produto Educacional do projeto de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Criado para oferecer um curso autogestionável, o espaço é voltado para docentes da educação básica que desejam aprofundar seus conhecimentos e práticas no ensino de Etnomatemática, promovendo uma abordagem inovadora e contextualizada da Matemática.
objetivos
-
Favorecer a formação continuada de professores de Matemática da educação básica, com enfoque na Etnomatemática e na implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena nos currículos escolares;
-
Disponibilizar conteúdos didáticos e interativos que integrem os saberes culturais de diferentes povos às práticas matemáticas, tornando o ensino mais contextualizado e significativo;
-
Fortalecer a conexão entre as pesquisas da UFU e a rede pública de ensino do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, ampliando a difusão do conhecimento acadêmico para a realidade escolar;
-
Criar um ambiente de intercâmbio entre os saberes acadêmicos, os conhecimentos dos movimentos sociais e as práticas pedagógicas aplicadas na formação de professores.
Metodologia e Formato
O ETNOmath é um curso virtual e autogestionável, permitindo que os docentes organizem seus estudos conforme sua disponibilidade. A plataforma foi projetada para ser acessível, flexível e interativa, garantindo que os professores possam aprofundar seus conhecimentos de maneira dinâmica e personalizada.
-
Acesso remoto e flexível, possibilitando estudo em qualquer horário e local;
-
Uso de recursos interativos, como vídeos, quizzes, exercícios práticos e materiais audiovisuais;
-
Autoavaliação e feedback contínuo, promovendo um aprendizado progressivo sem caráter punitivo;
-
Integração com plataformas digitais, favorecendo um ambiente de aprendizado colaborativo.
Estrutura do Curso
O curso ETNOmath está organizado em oito módulos que estruturam a jornada formativa dos cursistas, totalizando 250 horas de estudo. Cada módulo combina conteúdos teóricos, pesquisas acadêmicas e atividades práticas para promover uma formação aprofundada em Etnomatemática.
-
Banco de Pesquisadores Etnomatemáticos (15h)
-
Mapeamento de pesquisadores e pesquisadoras que atuam na área da Etnomatemática;
-
Divulgação de seus trabalhos acadêmicos e contribuições científicas;
-
Reflexões sobre a importância da representatividade e do acesso ao conhecimento.
-
-
Etnosaberes em Pesquisa (15h)
-
Apresentação de pesquisas acadêmicas sobre Etnomatemática;
-
Discussão de metodologias de pesquisa voltadas para a valorização dos saberes culturais;
-
Estudos sobre a integração da Matemática com conhecimentos tradicionais e ancestrais.
-
-
Videoteca (15h)
-
Coletânea de vídeos, documentários e palestras sobre Etnomatemática;
-
Análises de casos e experiências pedagógicas;
-
Reflexões sobre práticas inovadoras no ensino da Matemática a partir da perspectiva étnico-racial.
-
-
ETNOmath Fórum (60h)
-
Espaço interativo de discussão e trocas entre cursistas, pesquisadores e educadores;
-
Debates sobre os desafios e possibilidades da Etnomatemática na educação básica;
-
Construção coletiva de propostas pedagógicas baseadas nas experiências compartilhadas.
-
-
Atividade 01 – Aplicação da Etnomatemática no Ensino (40h)
-
Desenvolvimento de um plano de aula baseado na Etnomatemática;
-
Análise de práticas pedagógicas que incorporam saberes culturais;
-
Reflexão crítica sobre os impactos dessas práticas no ensino da Matemática.
-
-
Atividade 02 – Projeto Integrador em Etnomatemática (40h)
-
Elaboração de um projeto educativo para a implementação da Etnomatemática em sala de aula;
-
Estudos de caso e exemplos de aplicação;
-
Produção de um material didático contextualizado.
-
-
Atividade 03 – Pesquisa e Produção Acadêmica (40h)
-
Produção de um artigo acadêmico ou ensaio sobre Etnomatemática;
-
Análise de referências teóricas e estudos de caso;
-
Discussão sobre a importância da pesquisa na formação docente.
-
-
Atividade 04 – Sistematização e Reflexão Final (25h)
-
Sistematização das experiências e aprendizagens do curso;
-
Reflexão sobre os impactos da formação na prática docente;
-
Apresentação das produções desenvolvidas ao longo do curso.
-
Tecnologia e Plataforma
O ETNOmath será hospedado no site da Associação BAOBÁ, garantindo suporte técnico e popularização da ciência. O design foi pensado para oferecer uma navegação intuitiva, permitindo fácil acesso ao conteúdo e maior engajamento dos participantes.
Certificação e Impacto
O curso ETNOmath se encerra em novembro, com a certificação sendo concedida no mês de dezembro. Para obter a certificação de 250 horas, os cursistas devem concluir, no mínimo, 70% das atividades propostas, e responder à atividade 04 garantindo a participação ativa no processo formativo.
O ETNOmath representa um espaço de valorização das diferentes formas de saberes matemáticos, promovendo um ensino mais inclusivo, culturalmente situado e alinhado às diretrizes de uma educação antirracista e decolonial. A formação busca fortalecer a prática pedagógica dos professores, incentivando a construção de um ensino matemático que respeite e incorpore os conhecimentos tradicionais e a diversidade cultural das comunidades.
recado importante
A participação no curso ETNOmath é flexível e aberta. Você não é obrigado a realizar o curso completo e pode navegar livremente pela plataforma, explorando os conteúdos, materiais e recursos disponíveis sem a necessidade de cumprir atividades ou avaliações.
Entretanto, para aqueles que desejam obter a certificação de 250 horas, é necessário realizar a formação completa, cumprindo no mínimo 70% das atividades propostas e atendendo a todas as exigências do curso. A certificação será concedida apenas para os cursistas que concluírem os requisitos dentro do período previsto, com encerramento em novembro e certificação em dezembro.
💡 Seja bem-vindo e aproveite sua jornada pelo ETNOmath! 🚀
AUTORIA
ORIENTADORA
PROFESSORA DRA CRISTIANE COPPE DE OLIVEIORA
A Professora Titular do Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal da UFU e do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática tem uma trajetória acadêmica marcada pela liderança, inovação e compromisso com a inclusão da diversidade cultural na educação matemática. Especialista em Educação Matemática e Etnomatemática, recebeu em 2023 uma Moção de Aplauso da Câmara Municipal de Uberlândia por suas contribuições científicas.
Com uma sólida formação, graduou-se em Matemática pela UFJF (1996), fez mestrado na UNESP (2001), doutorado na USP (2007) e pós-doutorados na Universidade de Lisboa e FE-USP. Entre 2020 e 2024, dirigiu a Diretoria de Estudos e Pesquisas Afrorraciais da UFU, coordenando pesquisas sobre a integração da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena no ensino da Matemática, promovendo a implementação das Leis 10.639/03 e 11.645/08.
Com experiência internacional, atuou como orientadora de mestrado em Angola e docente em universidades como a Universidade de Coimbra. Sua produção acadêmica enfatiza o combate ao racismo científico, propondo abordagens pedagógicas mais inclusivas e representativas para a Matemática na educação básica.
ORIENTANDO
PROFESSOR MARCELO VITOR RODRIGUES NOGUEIRA
Graduado em Licenciatura em Matemática pelo Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal (ICENP) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (2021) Mestrando no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM) da Universidade Federal de Uberlândia. Coordenador do Projeto Afrocientista (2019/2021).
Mediador do Programa Novo Mais Educação Portaria MEC n.º 1.144/2016 e regido pela Resolução FNDE n.º 5/2016 na Escola Municipal Aureliano. Joaquim da Silva - CAIC (2017). Coordenador do Núcleo de estudos afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal de Uberlândia (NEABi/UFU) desde (2018).
Integrante do Núcleo de estudo e pesquisas sobre educação para as relações raciais e ações afirmativas da Universidade Federal de Uberlândia (NEPERE/UFU) desde (2017). Vice-presidente da ONG Vânia Lafit (2020). Presidente da Associação BAOBÁ (2020). Atualmente tenho como foco estudos que abordam a Educação para as Relações Étnico-raciais, gênero, sexualidade e a Etnomatemática.